Guerra em Israel: Origem, Início, Situação Atual – Read Now

Origem do Conflito

O conflito entre israelenses e palestinos tem raízes profundas, remontando ao final do século XIX, quando o movimento sionista começou a ganhar força. O sionismo visava a criação de um Estado judeu na Palestina, uma região sob domínio do Império Otomano na época. Com o fim da Primeira Guerra Mundial e a dissolução do império, a Palestina foi colocada sob mandato britânico, o que intensificou as tensões entre as comunidades judaica e árabe.

A chegada de imigrantes judeus à Palestina e o aumento da população judaica geraram reações adversas entre os árabes locais, que viam a crescente presença de judeus como uma ameaça à sua soberania. Durante a década de 1940, as tensões aumentaram, e o confronto entre as duas comunidades se intensificou.

Em 1947, a ONU propôs um plano de partição para dividir a Palestina em dois estados, um judeu e outro árabe. Os judeus aceitaram a proposta, mas os países árabes rejeitaram-na, considerando-a injusta e ilegítima. Com a declaração de independência de Israel, em 14 de maio de 1948, os países árabes vizinhos invadiram o recém-criado Estado, iniciando a Guerra Árabe-Israelense de 1948, também conhecida como a Guerra de Independência de Israel.

Início do Conflito Moderno

Embora o conflito tenha raízes históricas, o que caracteriza a guerra moderna entre israelenses e palestinos é o ciclo contínuo de violência e negociações falhas, com episódios de escaladas militares e ataques terroristas. A situação política de Israel e Palestina é uma das mais complexas e delicadas do mundo.

A primeira grande escalada do conflito moderno ocorreu em 1967, com a Guerra dos Seis Dias. Durante esse conflito, Israel derrotou os exércitos de Egito, Síria e Jordânia e ocupou vários territórios estratégicos, incluindo a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental. A ocupação de Gaza e da Cisjordânia, que eram áreas de maioria palestina, gerou um problema contínuo de colonização e controle territorial, exacerbando ainda mais as tensões.

A década de 1990 trouxe um alento temporário, com os Acordos de Oslo, que previam a criação de um Estado palestino. No entanto, os acordos falharam em resolver questões fundamentais como o status de Jerusalém, o direito de retorno dos refugiados palestinos e as fronteiras definitivas. Com o fracasso das negociações de paz e a continuação da construção de assentamentos israelenses na Cisjordânia, a violência ressurgiu.

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Partes Envolvidas

Israel: Fundado em 1948, Israel é um Estado judeu com uma economia desenvolvida e um forte exército. Ao longo dos anos, Israel tem procurado garantir sua segurança e soberania, enfrentando oposição tanto de grupos palestinos quanto de alguns países árabes. Seu governo é composto por uma democracia parlamentar, mas sua política em relação à Palestina é marcada por divisões internas, com um lado defendendo negociações de paz e o outro, mais conservador, advogando pela manutenção da ocupação.

Palestinos: A população palestina vive principalmente em dois territórios disputados: a Cisjordânia, sob ocupação israelense, e Gaza, controlada pelo Hamas. O povo palestino busca o reconhecimento de um Estado independente e a restauração de seus direitos, que incluem a autodeterminação e o fim da ocupação israelense. Divididos entre a Autoridade Palestina (AP), mais moderada, e o Hamas, um grupo islâmico militante, os palestinos estão fragmentados politicamente, o que enfraquece sua posição nas negociações de paz.

Hamas: É um movimento islâmico militante fundado em 1987, que se opõe ao reconhecimento de Israel e busca estabelecer um Estado islâmico na Palestina. Desde 2007, ele controla a Faixa de Gaza, uma das duas regiões onde os palestinos vivem, e tem sido responsável por ataques frequentes contra Israel, incluindo disparo de foguetes e ações suicidas. Israel considera o Hamas uma organização terrorista.

Autoridade Palestina (AP): A Autoridade Palestina, liderada pela Fatah, é um governo semi-autônomo que administra partes da Cisjordânia. A AP tem buscado uma solução negociada com Israel, mas suas ações são frequentemente limitadas pela ocupação israelense e pela falta de unidade interna, já que o Hamas controla Gaza.

Países Árabes e Internacional: Os países árabes historicamente apoiaram a causa palestina, mas ao longo das décadas houve mudanças em sua postura, com alguns, como os Emirados Árabes Unidos e Bahrein, estabelecendo acordos de normalização com Israel. O papel de potências internacionais, como os EUA, a União Europeia e as Nações Unidas, tem sido central, mas as soluções de paz têm falhado repetidamente.

Situação Atual

A situação atual do conflito israelense-palestino é marcada por uma escalada periódica de violência, particularmente em Gaza, onde o Hamas lança foguetes contra cidades israelenses e Israel responde com ataques aéreos. Em 2023 e 2024, o cenário piorou significativamente, com confrontos envolvendo incursões militares em Gaza e a Cisjordânia, resultando em altas baixas em ambos os lados.

Os protestos e tensões aumentaram na Cisjordânia, especialmente após o governo de Israel intensificar a construção de assentamentos judeus em territórios palestinos. O movimento de colonização continua a ser um dos principais pontos de discórdia, com a comunidade internacional dividida sobre a legitimidade desses assentamentos.

A perspectiva de paz continua distante. Embora algumas conversas de paz ocorram esporadicamente, sem avanços concretos, o apoio ao movimento de um Estado único que englobe israelenses e palestinos tem crescido, especialmente entre aqueles que desconfiam da viabilidade de um Estado palestino independente, dado o controle militar e as políticas de ocupação.

Além disso, a radicalização de alguns setores em ambos os lados tem gerado um ciclo vicioso de violência. Enquanto Israel defende a necessidade de proteger seus cidadãos contra ataques terroristas, os palestinos protestam contra a ocupação, as condições de vida em Gaza e a falta de perspectivas para um futuro pacífico.

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